segunda-feira, 4 de outubro de 2010

EU CIDADÃO, TU CIDADÃO

Por Carol Carvalho

Olá leitores e leitoras, como puderam perceber (espero eu), faz algum tempo que não escrevo por aqui, não porque tenha perdido a vontade e as idéias, mas sim porque tive que finalizar algumas coisas e cumprir algumas obrigações que me puseram longe do meu grande prazer de escrever.

Diante disso vocês podem imaginar o quanto tenho a dizer, mas caminhando de acordo com o movimento dos últimos tempos, estou dando prioridade ao “nada por dizer”, falando então de política.

Ontem tivemos o glorioso dia de patriotismo, podendo exercer o nosso “direito” como cidadãos e escolher o candidato que nos representará, que colocará os nossos desejos e necessidades no patamar nacional, fazendo valer a nossa consciência; será? Pois é, a única coisa que consegui sentir ontem foi uma extrema agonia de simplesmente não saber o que fazer diante de tanta confusão politicamente incorreta.

Foram semanas de propaganda política, redução de horários super intelectuais da televisão para exibição de debates, inúmeras discussões em bares e padarias do país para que finalmente 30 milhões de pessoas se dirigissem a dura realidade das filas das escolas, pois eu peguei uma fila de 40 minutos, para votar em cinco diferentes cargos que de fato, nem sabem para que serve. Digo isso porque só pensando assim para acreditar que mais de um milhão, isto mesmo, um milhão de pessoas conseguiram escolher como Deputado Federal nada mais nada menos que Tiririca, aquele que não sabe para o que serve o próprio cargo e que como qualquer bom político que se preze já conquistou sua cadeira e os acentos de sua corja para defender os “direitos” do palhaço cidadão brasileiro.

Não me coloco de fora daqueles que não são extremamente politizados, mas uso deste meio para representar a minha indignação com a política de política do nosso país, afinal não tivemos o mínimo direito de nada ontem, tivemos apenas que escolher os menos piores, gastar um dia de nossas vidas que já não é muito dedicada a nós mesmos e ainda comprovar quem somos com o tão falado documento com foto, já que o nosso organizado sistema não conseguiu que todos tirassem os seus títulos, documento que hoje serve somente como guia de sessão e comprovante de cidadania, nos fazendo questionar ainda mais que cidadania de mulher fruta, KLB e grande Tiririca é essa.

Não sei se vou me descontaminar disso, mas devo deixar aqui também a minha promessa: Caros (e)leitores, prometo a vocês que de hoje até quinta-feira escreverei uma matéria por semana. Obrigada e ao invés de votarem em mim, me leiam por favor!

4 comentários:

  1. as vezes quero deixar o barco..mas esse é nosso barco, furado, enlameado e "tiriricado". Desafio: enfrentar os absurdos..ou telegrafar um SOS

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  2. Ai sabe, acho que é um pouco difícil falar disso...como acabei de dizer para a própria bloggueira eu não sei nem comentar sobre isso direito. Ontem, por alguns instantes eu parei e pensei que a política realmente só favorece a meia dúzia de pessoas! Sempre tem aqueles que dizem: " Ah, votarei no fulano porque ele ajudou a minha vó", há aqueles que então preferem: " Vou votar no ciclano porque a minha prima trabalha com ele"...."ahhh...mas eu voto no chipanzé pq minha filha o ama"...E a consciência, onde fica?? Me senti uma "quase nada", já que me vi numa situação de cidadã de uma terra inóspita.

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  3. Cidadania é um problema. Todo mundo com peito inflado, título na mão... E olha só a foto. Já dá prá ter uma ideia que ninguem pensou em quem vai varrer isso no dia seguinte. E isso aí. Enquanto não pensarmos no outro, na pólis, no bem comum, não saberemos votar! E teremos o Tiririca, pior que tá...fica!

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  4. Reparei na mesma coisa que você Carol! QUanta sujeira...a fotografia das ruas no domingo foi uma espécie de xerox do que acontece dentro da política...e no dia seguinte quem limpa tudo? Dá pra limpar? Talvez, só por onde o padre passa, como diz o antigo ditado!!!

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