quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Felicidade?

Ontem fui a um dos meus programas favoritos, cineminha...sai de casa com o objetivo de assistir "A árvore da vida" mas como estava acompanhada de algumas outras pessoas que não conseguiram chegar na sessão tivemos que fazer algumas mudanças e escolher a última produção nacional do momento, "Onde está a felicidade?", um filme dirigido por Carlos Alberto Riccelli com roteiro da atriz principal Bruna Lombardi.

Não posso deixar de confessar que no inicio desenvolvi um pré conceito sobre o longa acreditando que seria mais uma comédia pouco engraçada Globo Filmes, tipo aquelas que só servem para colocar na telona caras conhecidas da telinha sabe? Mas na verdade me arrependi do conceito e me surpreendi com a história, que mesmo sendo quase uma cópia de "Comer, Rezar e Amar",tem a sua graça e movimentou a minha graça interior.

Guiado por uma história de amor frustrada por conta de uma traição e recuperada pela fé e pela felicidade de caminhos e pessoas, o filme pode ser uma graça para alguns, uma reflexão para outros e um medo para outros, mas para mim foi um pequeno toque em emoções profundas e latentes.

Parece até pequeno em relação a um filme simples, mas pode se tornar complexo dependendo do seu olhar...e como o meu olhar está mais sentimental no momento, tocou na busca e retomada do sentimento, afinal muitas vezes é difícil acreditar que sentimentos que nascem e supostamente morrem podem ser retomados, mas mesmo com uma história boba de amor é possível relembrar que essas coisas acontecem sim e que mesmo depois de muitos anos passados energias e interiores ainda se encontram e quase sempre sabem que a felicidade pode estar ali, em um simples olhar, em pequenas atitudes, em palavras nas entrelinhas e principalmente em um alguém que te conhece tão profundamente que é capaz de saber o seu mais íntimo ser.

Coincidência, destino ou somente um filme na sala 6 essa história movimentou muito minhas reflexões, a tal ponto que me fez escrever este post a 1:30 da manhã e dizer com palavras não óbvias que, como um dos personagens do filme colocou, "o amor é como o cerrado", muda em vários momentos, hora parece estar seco sem energia, mas basta uma chuva e algumas mudanças, que você vê florescer e encontra nele a felicidade, descobrindo que o primeiro beijo da história na verdade pode ser o último.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Idas e vindas - A roda viva sempre continua



"E hoje, depois de três doses de Black Label e umas duas de vinho, a gente pensa nos caminhos e descaminhos dessa vida. Perto dos 30 anos, me pintou uma acachapante noção – inédita, no meu caso – de que a vida real não tem Control + Z. Há dez anos, eu poderia dar roll back se tudo estivesse dando errado. Aos 30, você toma grandes decisões na vida que vão te influenciar até o fim dela. Você tinha dez caminhos diferentes pra seguir, e adoraria seguir todos, mas só pode ter um. E, ao escolhê-lo, o negócio é esquecer de que está perdendo os outros nove, sob o risco de broxar no único que de fato vai viver.

E pra completar a ciranda, às vezes surge uma Roda Viva que, como consolo, te dá a certeza de que por ela passaria se escolhesse absolutamente qualquer um dos caminhos e que vai fazer da tua vida um hiato momentâneo – e que hiato, amigo." Por Fernando Vives | em escritos bêbados, filosofia série b


Pela primeira vez estou começando um post com palavras que não pertencem ao meu banco de criações mas que com certeza serviram de alimento para idéias e principalmente como resposta para alguns questionamentos dos últimos tempos.

A praticamente três semanas voltei à uma realidade que estava fora da minha vida a sete meses, os quais, apesar de representarem um curto espaço de tempo, foram capazes de mudar uma história. Digo isso porque desde que sai e voltei a minha vida e a das pessoas que fazem parte dela se transformaram e me fizeram entender que realmente crescemos e somos pessoas com grandes responsabilidades e significados, somos adultos com quase 30 que precisam de uma carreira, uma casa, um parceiro, conhecimento... entre outras características que simbolizam o verdadeiro perfil dos 30 anos.

Mas ai quando pensei nesses 30 não tive como não voltar aos 12, 13, 14, 15... retornei ao passado e pude ver quantas coisas vivi, quantas perdi, quantas ainda preciso passar e quantas conquistei...

Comecei a  experiência "voltando atrás" quando cheguei e reencontrei pessoas e seus pedaços de energia, depois passei pelo momento rever capacidades e organizar as conquistas trazidas na bagagem e por fim encontrei um baú de memórias com palavras da minha adolescência  e daqueles que fizeram parte dela me ajudando a ser e entender quem sou hoje... Com tudo isso não tive como não pensar nas minhas escolhas, no meus caminhos e em quem sou agora, nos quase 30.

Como vocês podem imaginar ou vivenciar, isso não foi uma situação muito fácil mas depois de muito refletir, discutir, nutrir e por fim receber este texto percebi que não adianta nada pensar em tudo isso e muito menos querer entender a vida só porque está nos 30 anos, o importante na verdade é saber pelo menos quais dos todos caminhos possíveis você escolheu e segui-lo com muita vontade, não perdendo tempo, não poupando sonhos, não calando desejos...não tendo medo, porque isso atrapalha os 10, os 15, os 20, os 30 e todos os bons momentos que poderíamos estar vivendo agora, por isso, como disse o meu filosófico amigo do inicio, faça parte da roda vida que é viver e deixe as coisas acontecerem, assim todos os anos vão ser os mais importantes, maduros, responsáveis e principalmente os mais felizes da sua vida.